A inauguração do Grupo Escolar Beatriz de Souza Brito em 1963 - onde atualmente é o Centro Comunitário - marca uma data importante na história da Educação no Sertão do Pantanal em Florianópolis, que se iniciou nos anos 30 com as casas-escolas. A construção do novo e atual prédio da escola, em 1986,foi outro passo marcante para a vida da comunidade do Bairro Pantanal. Em 2013 celebramos os 50 anos da Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito nessa trajetória em busca da excelência do ensino público de qualidade, pelos esforços de todos os que se comprometeram nela e com ela, com as crianças e adolescentes, professores, alunos, funcionários, pais e amigos da comunidade escolar a re-evolucionar e reencantar o mundo. O Bem te vi, do alto do morro, olha para essa história linda e, canta cheio de orgulho: Be-a-triz! Be-a-triz! Be-a-triz!
Texto Escrito pelo Prof. Pedro Cabral Filho
Ao longo do século XIX, foram fundados em Florianópolis, alguns povoados constituídos por açorianos e madeirenses que, aos poucos, saíram de seus núcleos, iniciando outros. E assim se construíram os primeiros bairros e o Pantanal foi um deles.
Na parte mais alta de um dos morros do Pantanal, em uma região afastada da estrada principal e limítrofe com o bairro Córrego Grande, estava localizado o Sertão do Pantanal, onde em 1935 estava situada a Escola Municipal do Sertão - Distrito da Trindade.
A Escola do Sertão, ficava em uma região distante do núcleo central do bairro, localizada na parte alta e seca, de acesso difícil e sem qualquer calçamento, num morro íngreme. Muitos alunos dirigiam-se à escola acompanhados de Clotildes Bernardes - Dona Coló, única professora da escola. A casa-escola era de madeira, sem pintura e funcionava em uma casa alugada.
Na escola do Sertão os alunos estudavam até a quarta série primária, em seguida faziam o exame de admissão, no Grupo Escolar Olívio Amorim, no bairro Trindade, hoje Simão Hess ou no Grupo Escolar Getúlio Vargas, no Saco dos Limões, para ingressarem no curso normal regional ou ginásio.
Como lá só tinha até a quarta série, muitos preferiam estudar no Grupo Escolar Olívio Amorim. Esse comportamento, aliado à idade avançada de Dona Coló, provocou a desativação da Escola no início da década de 50.
Um outro fator devia-se ao fato de que o número de crianças na parte baixa do bairro do Pantanal era muito grande, o que provocou a criação da primeira casa-escola em um chalé bem velho e antigo, de madeira e de propriedade do avô de Dona Desalda Silva. A casa-escola funcionava em três períodos: um das oito às onze, outro das onze às quatorze e o terceiro das quatorze às dezessete horas.
Com o decreto n° 55, de 1° de março de 1958, Osmar Cunha desdobrou algumas escolas que até então eram isoladas. Um ano depois, pelo decreto n° 55 de 1° de março de 1958 desdobrou-se a Escola Isolada do Pantanal.
A configuração diferenciada da cidade e do Pantanal, devido às políticas implementadas na década de 50 e 60, exigiu nova escola, diferente daquela em que a professora ministrava aulas em seu domicílio, cumprindo o papel de docente, dona de casa, merendeira e servente.
As casas-escola existentes precisavam adequar-se aos novos tempos, o que ocorreu com a instalação da escola desdobrada. Já no governo municipal de Osvaldo Machado, as quatro casas-escola do bairro foram reunidas em um único lugar, denominado Grupo Escolar Beatriz de Souza Brito em consideração a Professora Beatriz de Souza Brito que exerceu o magistério na Capital por mais de trinta e cinco anos.
Após sua conclusão, em 1963, o Grupo Escolar Beatriz, funcionou com quatro salas de aula, cozinha, sala de direção, banheiros e um pátio coberto. O primeiro diretor foi Pedro Paulo Santos, que já atuava no bairro como responsável por uma das casas-escola.
Com o decreto nº 084 de 2 de maio de 1986, o Prefeito Edison Andrino, transformou em Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito o Grupo Escolar Beatriz. Sua Primeira Diretora eleita foi a Sra. Catarina Maria Silveira dos Santos.
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Atual fachada da Escola Beatriz.
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Foto da Escola Beatriz com vista do alto do morro.
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